Concepções de conhecimento e antropologia na história do pensamento ocidental

por Raquel Bustamante
Publicado: 27/07/2018 - 16:50
Última modificação: 27/11/2019 - 11:51

Este projeto de pesquisa procura examinar matrizes do pensamento ocidental e analisar respectivamente as concepções antropológicas que estariam formuladas implícita ou explicitamente por seus autores. Envolve, portanto, dois procedimentos vinculados, mas que tem de ser desenvolvidos em tempos diferentes. Primeiro, há que se estudar, do ponto de vista cognitivo, as diferentes partes de um sistema, perceber sua articulação interna e examinar como isso permite construir a posição que a antropologia ocupa no interior do sistema. Num segundo momento, procura-se extrair as consequências cognitivas e práticas que isso implica para pensar a posição do homem no interior do sistema. O projeto pressupõe, portanto, uma dúplice determinação. De um lado, pretende-se examinar como o mundo aparente ou visível pressupõe a estrutura de um sujeito cognitivo (alma determinada como um conjunto de funções para Platão e Aristóteles, mente como junção do extenso e do pensamento para Descartes, mente como conjunto de faculdades do ânimo para Kant, mente como conjunto de recursos neurais para a filosofia da mente, o domínio do simbólico para a filosofia da mitologia e da religião, por exemplo). De outro lado, procura-se investigar como o homem, pensado como conjunto de possibilidades cognitivas, estrutura um mundo que aparece como imagem ou fenômeno em face dele. Isso permite integrar, no debate entre os pesquisadores, diferentes campos do conhecimento, como a física, a cosmologia, a metafísica, as neurociências e as filosofias da mitologia e da religião.

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